A mediunidade é uma
das mais irrefutáveis provas de imortalidade, ou seja, da preexistência do
Espírito, da sobrevivência da alma.
Com efeito, as manifestações dos
chamados “mortos” em todos os quadrantes do planeta foram e são atestadas a
todo instante, seja pela identificação dos nomes, seja por dados pessoais
fornecidos, seja pelas características e estilos de escrita, de fala e dos mais
variados tipos de manifestação das criaturas.
Os mais dedicados estudiosos da
ciência convencional – em especial da Física Moderna, da Filosofia, da Medicina
Neurológica e da Psiquiatria, além da Psicologia – têm certificado tais
manifestações como irrefutáveis. Mais que isso: asseveram que elas estão dentro
do contexto dos postulados das respectivas ciências, dentro das leis naturais
e, por isso mesmo, não têm qualquer traço de mística, de misterioso, de
inexplicável, de incompreensível, de secreto ou impenetrável, relevados uns
poucos casos de burla ou logro de algum esperto, logo desmascarado até com
certa facilidade.
E essas manifestações se dão por
intermédio dos chamados médiuns, ou seja, pessoas normais que se postam na
mesma sintonia de pensamento que os tais “mortos” desejosos de se manifestarem
ao mundo físico, e que intermedeiam os recados dos respectivos manifestantes,
transmitindo aos “vivos” seus pensamentos, seus conselhos, suas revelações,
suas mensagens e até suas queixas. Aliás, recados esses absolutamente idênticos
àqueles que são dados entre os homens no dia-a-dia, porquanto os Espíritos são
exatamente os mesmos homens desenfeixados do corpo físico, melhor dizendo, os
mortos.
Logo, se são os mortos que se
manifestam, eles efetivamente não morreram, mas simplesmente mudaram de estado,
de plano, como querem alguns. Só estão desprovidos do corpo material físico
como conhecemos no mundo visível. Se não morreram – só seus corpos foram
enterrados (pó devolvido ao pó: átomos devolvidos ao conjunto atômico do
planeta) -, então, são imortais.
Ora, se os imortais se manifestam e
se dão a revelar, a compreender, a se relacionar com outros seres que, como
eles, também não morrerão, também são, portanto, imortais, apenas que
transitoriamente “vivos”, envoltos na matéria densa; então, essa manifestação
deles é uma prova cabal da imortalidade. Raciocínio absolutamente lógico!
Assim, a mediunidade, como fato
natural e dentro das leis que a regem, não é mística, repete-se. O médium não é
um ser à parte na criação, como também não o são os Espíritos; ele não é um
escolhido, um santo, um iluminado. Não! Apenas um intermediário, como cada um
de nós pode sê-lo, porquanto todos somos dotados de tal capacidade.
Os médiuns são, em verdade – como os
próprios Espíritos definiram (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXVIII,
item 9), com grifo nosso – “os órgãos materiais de que se servem os Espíritos
para se expressarem aos homens por maneira tangível”. E, sendo assim,
desempenham uma missão de relevo e venerável, pois que se dispõem a que sejam
rompidos e rasgados “os horizontes da vida eterna”.
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