Por: Márcia Pocciulo
Os
gêmeos siameses, assim chamados popularmente, são gêmeos idênticos que nascem
ligados por um segmento físico, compartilhando alguns órgãos. A medicina
oficial os denomina “gêmeos xifópagos”, porque os primeiros casos estudados no
passado foram de gêmeos ligados pelo tórax, onde se situa o xifóide, um
apêndice do osso esterno, que faz as ligações entre as costelas. Atualmente,
embora se estudem casos de ligações com compartilhamento dos mais variados
órgãos, ainda permanece essa nomenclatura.
Normalmente, no processo de fecundação que dá
origem a gêmeos idênticos, dois Espíritos se ligam ao óvulo materno, atraindo o
espermatozóide mais propício para fecundá-lo. O óvulo assim fecundado (zigoto),
sob a influência de dois campos energéticos distintos, tende a se bipartir
durante a embriogênese e as duas células distintas assim formadas, prosseguirão
se multiplicando, originando dois organismos geneticamente idênticos em sua
origem, embora pertencentes a indivíduos diferentes (são os chamados gêmeos
univitelinos).
No caso dos gêmeos xifópagos ou siameses, que
também são gêmeos univitelinos, a separação em duas células distintas no início
da embriogênese não ocorre, de modo que os gêmeos permanecem unidos durante
toda a gestação, originando uma ligação física em determinado ponto de seus
organismos, que perdurará até o nascimento. Essa ligação pode ser pouco ou
muito profunda, originando, consequentemente, o compartilhamento de parte de
alguns órgãos ou até o de um único órgão vital, como o coração ou o cérebro,
nos casos mais graves. Dependendo da gravidade do caso ou da região do planeta
onde nasçam (com poucos ou muitos recursos médicos), essas crianças podem ter
pouco tempo de vida ou pode-se tentar separá-las. Há casos em que a separação
não é possível e, então, os gêmeos são obrigados a conviver ligados um ao
outro, aprendendo a solidariedade, a tolerância e o respeito mútuos.
O Espiritismo traz-nos elucidações muito importantes
sobre os gêmeos siameses. Tudo começa com um processo obsessivo longo e
profundo, em que as duas partes envolvidas não conseguem se perdoar e
retroalimentam-se mentalmente com o ódio e o desejo de vingança. Com o passar
do tempo, o intercâmbio doentio de energias patológicas faz com que desenvolvam
uma espécie de campo simbiótico de compartilhamento de emoções, sentimentos e
pensamentos, que não possibilita aos técnicos responsáveis por suas
reencarnações separá-los satisfatoriamente, sem o comprometimento de suas
mentes e de seus perispíritos.
Sendo o perispírito o Modelo Organizador
Biológico do corpo físico por ocasião da reencarnação de qualquer pessoa, nesse
caso específico teremos a dificuldade de separação de seus perispíritos dando
origem a corpos ligados também no plano físico (gêmeos siameses).
A reencarnação surge para esses Espíritos,
inimigos pertinazes do passado, como uma oportunidade abençoada de reajuste
perispiritual e mental, de perdão, de tolerância e de solidariedade, através da
convivência íntima e inevitável na maioria dos casos, mesmo com os avanços da atualidade.
Em geral, os pais que recebem por filhos os Espíritos nessas condições, foram
no passado os copartícipes do processo, pessoas que estimularam o início ou o
agravamento do ódio entre eles, e que na atual encarnação são abençoados pela
oportunidade de semear a reconciliação entre eles e de obter o seu próprio
perdão.
A compreensão espiritual do processo pode
confortar e melhor orientar as famílias que passam pela problemática de ter
gêmeos siameses em sua composição, através da evangelização, dos passes e das
preces.
No futuro, que acreditamos esteja próximo, a
Ciência Médica também passará por grandes mudanças em seus paradigmas e,
consequentemente, em seus métodos de tratamento e profilaxia, quando então, não
apenas os corpos, mas também as almas dos homens serão tratadas, em busca da
cura real.
Fonte: Verdade e Luz, edição n. 301, Fevereiro de 2011
2 comentários:
Gostaria de fazer una pergunta que muito me intriga. Porque na Índia nascem tantas crianças com deformações graves,muitas vezes lembrando animais?obrigado
E se essas pessoas não se perdoarem nem assim?
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