Do livro Levantar e Seguir – F.C.Xavier/Emmanuel
Em geral, quando nos referimos aos vultos
masculinos que se movimentam na tela gloriosa da missão de Jesus, atentamos
para a precariedade dos seus companheiros, fixando, quase sempre, somente os
derradeiros quadros de sua passagem no mundo.
É preciso, porém, observar que, a par de
beneficiários ingratos, de ouvintes indiferentes, de perseguidores cruéis e de
discípulos vacilantes, houve um homem integral que atendeu a Jesus,
hipotecando-lhe o coração sem mácula e a consciência pura.
José da Galileia foi um homem tão profundamente
espiritual que seu vulto sublime escapa às análises limitadas de quem não pode
prescindir do material humano para um serviço de definições.
Já pensaste no Cristianismo sem ele?
Quando se fala excessivamente em falência das
criaturas, recordemos que houve tempo em que Maria e o Cristo foram confiados
pelas Forças Divinas a um homem.
Entretanto, embora honrado pela solicitação de
um anjo, nunca se vangloriou de dádiva tão alta.
Não obstante contemplar a sedução que Jesus
exercia sobre os doutores, nunca abandonou a sua carpintaria.
O mundo não tem outras notícias de suas
atividades senão aquelas de atender às ordenações humanas, cumprindo um édito
de César, e as que no-lo mostram no templo e no lar, entre a adoração e o
trabalho.
Sem qualquer situação de evidência, deu a Jesus
tudo quanto podia dar.
A ele deve o cristianismo a porta da primeira
hora, mas José passou no mundo dentro do divino silêncio de Deus.
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