Por: Heloisa Pires
Considerando que libertar-se é ficar
independente de todos os vínculos primários da matéria, de todas as seduções da
carne, a Educação Espírita é sinônimo de liberdade.
Liberdade é responsabilidade. O
exemplo maior de liberdade, de homem livre, foi Jesus de Nazaré. Porque ele era
livre dos preconceitos de sua época, dos condicionamentos rígidos do povo
hebreu, dos conceitos absurdos de pureza e impureza. Livre é o homem que se
dirige à luz da razão, e não cai, na lama dos vícios do passado. Livres, foram
Francisco de Assis e Paulo de Tarso. O homem que se considera livre para agir
como um animal, na verdade é escravo de seus instintos. A mulher que se diz
livre para se entregar a atos menos dignos, é escrava de si mesma. Ser livre é
caminhar na vertical, procurando estrelas, e não curvado ao barro da terra. Ser
livre é integrar-se na harmonia universal. (...)
Liberdade é opção e capacidade de
discernir o que lhe dará felicidade. Só pode discernir aquele que sabe o que
lhe faz bem. (...) O Nirvana de Buda é, exatamente, esse domínio das paixões
inferiores. Sócrates, Platão, Confúcio e outros grandes vultos pregaram a
necessidade do homem superar suas paixões rasteiras, e de conseguir o domínio
completo de suas emoções para ser feliz na Terra. Deus nos criou para a
felicidade. Assim procedendo, estaremos aptos para tornar melhor a vida em
nosso planeta de provas. Melhor seria chamá-lo de planeta de desenvolvimento
espiritual, para não nos atermos a só evoluir pela dor. Diz A Gênese: “Se o homem agisse sempre de acordo com as
leis de Deus, seria feliz sobre a Terra, e evitaria para si os males mais
amargos. Mas, como contraria as leis, cria as situações difíceis, as provas
dolorosas” (...)
Educar é despertar o homem cósmico.
Educado é o ser que se controla, que
é fraterno, paciente, que ama o próximo como a si mesmo. Que sabe que somos
todos irmãos, com direito à educação, à alimentação, ao trabalho. Educado é o
ser que não fere, não lesa, não faz guerras e é incapaz de odiar. (...)
Disse Jesus: “a minha paz vos dou...”
Será o desenvolvimento do Reino de Deus em nosso interior. A possibilidade de
nos tornarmos uma nota harmoniosa no concerto universal. Não mais as notas
dissonantes, mas música suave, divina, que permitirá a nossa integração com o
Todo.
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