Sadomasoquismo à luz do Espiritismo


Livros e filmes como a série "50 Tons" trazem à tona o tema sadomasoquismo. Atendendo a pedidos de leitores, a seguir esclarecimentos sobre a questão à luz da Doutrina Espírita: 

"Os pervertidos provocam e sofrem a dor, alternando os papéis de sádico e masoquista, no qual são utilizados instrumentos propícios à gênese da dor, como chicotes, argolas de ferro, algemas e outros.


É prática conhecida há centenas de anos. Na Antiga Grécia, assim como no tempo do Império Romano, escravos eram comercializados somente para satisfazer os desejos sexuais pervertidos de seus senhores. O psicanalista Freud chegou à conclusão de que a causa masoquismo se verifica em experiências infantis, acarretando a vivência do desejo sexual, através da exteriorização de fantasias extravagantes e dolorosas.

Quanto ao sadomasoquismo, é interessante a observação de que, na espécie animal, o homem é único que causa sofre a dor para atingir o prazer. Desde da década de 80, a Associação Americana de Psiquiatria não considera mais o desvio sexual como desajuste mental, deixando de ser, em terras do Tio Sam, catalogada como doença. Psicólogos e psiquiatras mais liberais acreditam ser o sadomasoquismo benéfico para as pessoas que têm dificuldade de se entregar completamente ao ato sexual necessitando estar, por exemplo, amarrados, sem poder oferecer resistência à ação do parceiro, favorecendo o envolvimento e a busca do prazer.

Segundo os seus praticantes, o sadomasoquismo está mais para um jogo sexual, chamado de psiquismo erótico, do que para sessões de tortura ou espancamento. Previamente é combinada toda a trama, portanto que acontece é dependente do consenso, conforme o desejo dos participantes, principalmente dos submissos!

Acreditamos que a origem da problemática pode ser apontada em existência pretérita, quando o indivíduo, infelízmente, vivenciou a sexualidade sufocada por tabus, considerada como impura e pecaminosa, ou mesmo consequente à prática sexual violenta, como artífice do estupro.

O desequilíbrio do presente é resultante de complexo de culpa gerado no passado, o qual, para ser suportado e aliviado, momentaneamente, necessita da formulação de fantasias sexuais excêntricas, impregnadas de muito sofrimento."

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