Wellington Balbo
Considero
perfeitamente natural a busca por mensagens dos entes queridos que nos
precederam na grande viagem de retorno ao mundos dos Espíritos. Quem ama
quer saber como, onde e com quem está. E como a interação entre as vidas, a de
lá e a de cá é constante, claro que se torna possível, por via mediúnica, a
comunicação com nossos entes queridos.
Portanto, basta que algum afeto desencarne para
as buscas por notícias tornarem-se objeto de cogitação por parte dos
profitentes das mais diversas religiões. Normal que procurem o centro espírita,
afinal, somos nós os defensores e divulgadores da imortalidade da alma. Mesmo
pessoas mais intransigentes acabam, não raro, curvando-se quando experimentam a
dor da morte em suas famílias e vão ao centro. É que enquanto as outras
religiões param no túmulo o Espiritismo adentra esse universo do além.
Em face disto tenho visto e recebido muita
gente que chega ao centro espírita ávida por notícias de seus familiares. Entretanto,
como dissemos há pouco, embora seja possível a comunicação vale salientar que
isto não é a principal função do Espiritismo. Então, não vai aqui nenhuma
crítica a médiuns que se dedicam a este belo trabalho que, claro, é válido e
importante, porém, não é o “prato principal do Espiritismo”.
Aliás, assim como não é o prato principal
tantas outras coisas, como, por exemplos, o passe, o trabalho na mediunidade, a
promoção social. É preciso distinguir o importante do principal. A função
principal do Espiritismo não é produzir cartas psicografadas ou contatos com os
entes queridos que já se foram. Isso ocorre por acréscimo da misericórdia de
Deus.
A função principal do Espiritismo não é aplicar
passes. Isso ocorre para mostrar que há ferramentas que nos possibilitam um
processo de reernegização. A função principal do Espiritismo não é abrir campo
para trabalharmos na mediunidade. Isso ocorre para dar-nos emprego no
campo do bem. Em suma, a função principal do Espiritismo é promover a educação
moral do indivíduo, educar a mente humana e sensibilizar o seu coração
direcionando-o à caridade para consigo mesmo e depois ao próximo.
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