(Bonnie McEneaney, autora do livro e Eamon McEneaney, uma das vítimas)
Fonte: Portal IG
Ventos isolados em um dia sem nenhuma brisa. Moedas que
aparecem misteriosamente. Visões dos que haviam morrido dias ou meses
atrás. Para
dezenas, esses foram sinais enviados por seus parentes após morrerem nos
ataques às Torres Gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, no 11 de
Setembro.
“A
primeira vez que tive certeza de ver meu marido foi seis meses depois de sua
morte”, disse ao iG Joanne Kelly. “Ouvi um barulho como se alguém estivesse se
mexendo, e fui de quarto em quarto na minha casa, ver o que era. Quando cheguei
à cozinha, lá estava ele, de costas. Depois se virou e sorriu, foi até a porta
e sumiu. Ele vestia exatamente a roupa que usava em 10 de setembro: bermudas,
camiseta e um boné de beisebol na cabeça. Depois disso, as moedas começaram a
aparecer.”
Joanne
tem quatro filhas. Antes de seu marido, James Kelly, morrer, eles tinham o
hábito de tirar cara ou coroa para dividir tarefas entre si, como definir quem
buscaria as filhas em uma festa, por exemplo.
Na
noite de 10 de setembro, uma das meninas precisava de material para terminar um
trabalho escolar. James queria sair para correr, mas Joanne sugeriu que
definissem na sorte quem iria à loja comprar o que faltava para a filha.
“Ele
riu e acabou me convencendo a ir sem tirar o cara ou coroa. Mas, depois de sua
morte, as moedas de 25 centavos começaram a aparecer nos lugares mais
estranhos, mesmo em gavetas em que nunca as colocaria, como no banheiro”,
afirmou a viúva.
Bonnie
McEneaney também perdeu o marido, Eamon (com quem teve quatro filhos), no
colapso das Torres Gêmeas. Segundo
ela, só depois da tragédia é que se deu conta de que seu marido pode ter
pressentido sua própria morte.
Durante
um almoço no feriado do Dia do Trabalho nos EUA, uma semana antes dos atentados
de 2001, ela disse que Eamon assustou a família ao afirmar acreditar que
terroristas voltariam a atacar o WTC. Ao
dizer isso, Eamon se referia à explosão de um carro-bomba que deixou sete
mortos e vários feridos no subsolo da Torre Norte em fevereiro de 1993.
De acordo com Bonnie, seu marido chegou a conjecturar
animadamente com seu irmão se, no caso de um novo ataque, devia levar seus
colegas para o teto do edifício ou para o andar térreo. Eles decidiram, disse
Bonnie, que a melhor saída seria o teto.
“Dois
dias antes dos atentados, estávamos conversando, e Eamon me disse: ‘Não tenho
mais medo de morrer. Quando acontecer, estarei preparado, então não se preocupe
comigo’. Na hora fiquei preocupada e achei que meu marido estivesse ficando
deprimido”, disse.
Bonnie
aponta outras medidas adotadas pelo marido como sinais de que se preparava para
uma tragédia iminente.
Segundo
ela, cerca de dois meses antes dos ataques, Eamon aumentou o valor de seu
seguro de vida e começou a instruí-la a ser mais rígida na educação dos
filhos.
“Sou
uma pessoa muito pé no chão. Então, quando ouvia isso dele, achava que era
depressão, exagero ou sua reação ao se sentir envelhecendo. Mas, depois que
tudo aconteceu, ficou muito claro para mim que ele efetivamente sabia e se
preparou para algo importante”, afirmou.
Dias
após o colapso das torres, Bonnie e sua família ainda procuravam Eamon nos
hospitais de Nova York, como milhares de outras famílias.
“Aquela
situação de total desconhecimento sobre o paradeiro da pessoa é completamente
extenuante. Por isso, em 13 de setembro, depois de dois dias sem dormir e
enquanto parentes e amigos faziam ligações para tentar localizá-lo, fui até o
jardim e fiquei observando aquele dia quente, sem nenhuma brisa, totalmente
estagnado. Depois de um tempo, com muita frustração, gritei: ‘Por favor, Eamon,
me diga: onde você está?’, e foi aí que aconteceu. Ele ou alguém ou alguma
coisa respondeu.”
De
acordo com Bonnie, a copa de uma árvore enorme do jardim de sua casa, na qual
Eamon anos atrás havia escrito ‘O Amor é Para Sempre’, começou a se
mexer.
“No
início, pouco, mas com o passar do tempo as folhas se mexiam todas, como se um
rio de vento passasse por ali. Nada mais se mexia, só a copa daquela árvore.
Depois esse vento veio até mim e foi embora”, relatou Bonnie.
“Não
sei o que era isso, mas sabia que era uma resposta à minha pergunta: Eamon
estava morto, e talvez ele mesmo estivesse me dizendo isso.”
Nas várias cerimônias que se seguiram nos dias e meses
seguintes, ela começou a conversar com outras famílias sobre experiências
parecidas.
Depois
de ouvir centenas de histórias de supostas mensagens e sinais recebidos das
vítimas do 11 de Setembro, Bonnie decidiu escrever o livro “Messages, Signs,
Visits and Premonitions from Loved Ones Lost on 9/11” (“Mensagens, Sinais,
Visitas e Premonições de Entes Queridos Mortos no 11 de Setembro”, em tradução
livre).
"Não sei se é Deus, não sei se são os mortos, se é a
própria natureza se comunicando. O que sei é que essas mensagens são muito
positivas para quem as recebe, e ajudam no luto de muita gente. Então, por que
não contá-las para todos lerem?”, completou.
2 comentários:
Para mim vem com a permissão de Deus. Um conforto.
Eu creio.
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