Por: Georges (Espírito familiar)
Mensagem contida em O Livro dos Médiuns, de
Allan Kardec
Quero falar da vaidade, que se mescla a todas as ações humanas. Ela
macula os mais suaves pensamentos; invade o coração e o cérebro. Planta
maligna, abafa a bondade em seu nascedouro; todas as qualidades são aniquiladas
por seu veneno.
Para lutar contra ela, é preciso exercitar a
prece; somente ela nos dá força e humildade. Homens ingratos! Esqueceis de Deus
incessantemente. Ele não é para vós senão o socorro implorado na aflição, e
jamais o amigo convidado para o banquete da alegria.
Para iluminar o dia ele vos deu o sol, radiação
gloriosa, e para clarear a noite, as estrelas, flores de ouro. Por toda parte,
ao lado dos elementos necessários à Humanidade, pôs o luxo necessário à beleza
de sua obra. Deus vos tratou como faria um anfitrião generoso que, para receber
seus convidados, multiplica o luxo de sua mansão e a abundância do festim.
Que fazeis vós, que tendes apenas o coração
para lhe oferecer? Longe de o honrar com as vossas virtudes e alegrias, longe
de lhe oferecer as premissas de vossas esperanças, não o desejais e somente o
convidais a penetrar-vos o coração quando o luto e as decepções amargas vos
trabalharam e deixaram marcas. Ingratos! Que esperais para amar vosso Deus? A
desgraça e o abandono.
Antes lhe oferecei o coração, livre de dores;
oferecei-lhe, como homens em pé, e não como escravos ajoelhados, vosso amor
purificado do medo, e na hora do perigo ele se lembrará de vós, que não o
esquecestes na hora da felicidade.
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