A obra compõe-se de duas partes:
Na primeira, Kardec realiza um exame crítico, procurando apontar contradições filosóficas e incoerências com o conhecimento
científico, superáveis, segundo ele, mediante o paradigma espírita
da fé raciocinada. São expostos vários assuntos - causas do temor da morte, porque os espíritas
não temem a morte, o céu, o inferno, o inferno cristão imitado do pagão, os limbos, quadro do inferno
pagão, esboço do inferno cristão, purgatório,
doutrina das penas eternas, código penal da vida futura, os anjos segundo a Igreja e o
Espiritismo. Aborda também vários pontos relacionados com a origem da crença
dos demônios, segundo a Igreja e o Espiritismo, intervenção dos demônios nas
modernas manifestações, e a proibição de invocar os mortos.
Na segunda, constam dezenas de diálogos que foram sido
estabelecidos entre Kardec e diversos espíritos,
nos quais estes narram as impressões que trazem do além-túmulo,
e de como se deu o processo de desencarne para pessoas de diferentes tipos de
caráter. A segunda parte deste livro é dedicada ao pensamento; Kardec reuniu
várias dissertações de casos reais, a fim de demonstrar a situação da alma,
durante e após a morte física, proporcionando ao leitor amplas condições para
que possa compreender a ação da Lei de Causa e Efeito, em
perfeito equilíbrio com as Leis Divinas; assim, constam desta parte, narrações
de espíritos felizes, infelizes, espíritos em condições medianas, sofredores,
suicidas, criminosos e espíritos endurecidos.
O Céu e o Inferno coloca ao alcance de todos, os
conhecimentos do mecanismo pelo qual se processa a Justiça Divina, em
concordância com o princípio evangélico: "A cada um segundo suas
obras".
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