Na literatura espírita, encontramos
diversos exemplos que mostram a importância da vibração nas tarefas dirigidas
pela espiritualidade.
O termo vibração, embora muito
utilizado atualmente, tem sido expresso de diferentes maneiras, tais como:
forças mentais, raios mentais, energias psíquicas, raios vitais, raios
ectoplásmicos, forças ou energias ectoplásmicas, magnetismo humano, forças
magnéticas, raios, ondas.
Com relação à utilidade geral das
vibrações, importantes esclarecimentos são dados no livro “Missionários da Luz”
Já, no primeiro capítulo, André Luiz, relatando uma reunião mediúnica, diz que “As
energias dos encarnados casavam-se aos fluidos vigorosos dos trabalhadores de
nosso plano de ação, congregados em vasto número, formando precioso armazém de
benefícios para os infelizes, extremamente apegados às sensações fisiológicas”.
Seguindo no capítulo 17, nos informam
que “Com os raios de energia, de variada expressão emitidos pelo homem
encarnado, podemos formar certos serviços de importância para todos aqueles que
se encontrem presos ao padrão vibratório do homem comum”.
Percebemos que a vibração dos
encarnados é importante e é utilizada pelos trabalhadores do plano espiritual
para o tratamento de irmãos necessitados, principalmente aqueles que estejam
num padrão vibratório semelhante ao nosso. Outro relato que reforça a
importância da vibração nos foi dado pela espiritualidade dirigente da reunião
de Ectoplasmia, no Grupo Espírita de Fraternidade Albino Teixeira, em Belo
Horizonte. Eis: “Nós agradecemos a cada mente presente, a cada coração (...)
que bateu mais forte; a cada um que fez a prece. Temos certeza de que muitos
receberam preces direcionadas a seres distantes, encaminhadas àqueles que
sofrem; preces direcionadas a diversos enfermos de todas as espécies (...)
aguardando essas vibrações (...) para seu fortalecimento, para que possam
prosseguir em sua jornada, conquistando seu equilíbrio, conquistando a sua
lucidez, conquistando seu reerguimento e do seu perispírito, muitas vezes
prejudicado, por atos impensados, por vícios insanos (...) recuperando a cada
um, em suas dores mais profundas.”
Um uso importante da vibração é na
adaptação de espíritos ao plano espiritual. Muitos irmãos, ao desencarnar,
trazem um padrão vibratório muito baixo e não conseguem se adaptar facilmente
ao novo ambiente. Seria comparável a uma pessoa que nunca escalou montanhas
altas e, ao fazer isso pela primeira vez, tivesse enormes dificuldades com o ar
rarefeito e a baixa pressão. As vibrações dos encarnados beneficiam esta
adaptação, conforme poderemos observar no relato a seguir, do livro “Os
Mensageiros”, no capítulo 48 “Grande número de criaturas, porém, na passagem
para cá, sentem-se possuídas de "doentia saudade do agrupamento", como
acontece, noutro plano de evolução, aos animais, quando sentem a mortal
'saudade do rebanho'. Para fortalecer as possibilidades de adaptação dos
desencarnados dessa ordem ao novo 'habitat' o serviço de socorro é mais
eficiente, ao contacto das forças magnéticas dos irmãos que ainda se encontram
envolvidos nos círculos carnais. (...) E, designando a grande assembléia de
necessitados, continuou: - Os irmãos, nas condições a que me refiro, ouvem-nos
a voz, consolam-se com o nosso auxílio, mas o calor humano está cheio dum
magnetismo de teor mais significativo para eles. Com semelhante contacto,
experimentam o despertar de forças novas”.
Em uma reunião de desobsessão na
Fraternidade Espírita Irmãos Jacó e Mateus, em Belo Horizonte, segundo o relato
de uma médium, ela foi levada, em desdobramento, para um outro andar da casa,
no plano espiritual. Lá, havia muitas pessoas com as mentes cristalizadas,
fixadas, na condição que possuíam enquanto encarnadas e não queriam despertar
para a nova realidade. As vibrações de todos eram direcionadas para aquelas
pessoas.
Ainda na reunião citada antes, a
equipe espiritual disse à médium que cada tipo de vibração era utilizado em
diferentes casos. A médium teve a impressão de que a espiritualidade filtrava
as vibrações enviadas para o tratamento daqueles irmãos. No livro “Nos Domínios
da Mediunidade”, encontramos informações que reforçam a idéia da existência de
tipos diferentes de energias liberadas pelos encarnados e que servem, portanto,
para variados fins. É mencionado no livro que “Todas as criaturas, porém,
guardam-nas consigo, emitindo-as em freqüência que varia em cada uma, de
conformidade com as tarefas que o Plano da Vida lhes assinala”.
Luiz Gonzaga Pinheiro, no livro “O
Perispírito e Suas Modelações”, relata no capítulo 43 a necessidade de que a
espiritualidade filtre as energias provenientes dos encarnados, pois, muitas
vezes, se encontram comprometidas devido ao ”regime alimentar excessivamente
carnívoro, ao uso de alcoólicos, temperos picantes e outros vícios mentais e
materiais”.
A vibração possui variadas aplicações
que não poderíamos detalhar em um único artigo. Concluímos esta matéria citando
alguns outros usos a seguir: Materialização de espíritos, de quadros e de
objetos acessórios no plano espiritual, em auxílio ao trabalho de desobsessão;
Auxílio direto aos pacientes desencarnados e encarnados e, em alguns casos,
inclusive aos tarefeiros da equipe espiritual; Reestruturação dos perispíritos
das entidades comunicantes, que se apresentavam mutilados, feridos e até sem a
forma humana.
Encerremos o estudo de hoje com a
mensagem inserida no livro “Vida Feliz” de Divaldo P. Franco: “Ante as
dificuldades do caminho e as rudes provas da evolução, resguarda-te na prece
ungida de confiança em Deus, que te impedirá resvalar no abismo da revolta.
Um pouco de silêncio íntimo e de
concentração, a alma em atitude de súplica, aberta à inspiração, eis as
condições necessárias para que chegue a apaziguadora resposta divina.
Cria o clima de prece como hábito, e
estarás em perene comunhão com Deus, fortalecido para os desafios da marcha”.
Fonte:
Informativo Consciência
Ano 1 n° 5, julho/agosto de 2006
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