Por: Momento Espírita
Benjamin Franklin comparou-se a um
livro e na sua juventude preparou a inscrição para seu túmulo com os seguintes
dizeres: “O corpo de Benjamin Franklin,
impressor, como a capa de um livro velho ao qual tivessem arrancado as páginas
e tirado as letras e o ouro, jaz aqui, comida para os vermes”.
Mas o trabalho não terá sido
totalmente perdido; porque, segundo ele crê, aparecerá mais uma vez, numa
edição nova e mais perfeita, corrigida e aumentada por seu autor.
Podemos, sim, comparar o Universo a
uma imensa livraria e a Terra como sendo uma de suas estantes.
E nós, as criaturas, somos os livros
colocados nela. É, por isso, possivelmente, que da mesma maneira que algumas
pessoas compram livros apenas pela beleza da capa, sem pesquisar o índice e o
conteúdo, muitas pessoas avaliam os outros pela aparência física, pela capa,
sem considerarem a parte interna.
Os que assim agem, perdem douradas
oportunidades na vida de encontrar verdadeiros amigos e seres preciosos.
Outras procuram livros com títulos
sensacionalistas, histórias de terror ou romances profundos.
Também é assim com as pessoas.
Existem aquelas que buscam sensacionalismos baratos, dramas alheios ou apenas
um romance.
Podemos dizer que somos homens-livros
lendo uns aos outros.
Podemos ficar só na exterioridade da
capa ou nos aprofundar até as páginas vivas do coração.
A capa pode ser interessante, mas é
no conteúdo que brilha a essência do texto.
O corpo pode ter uma bela plástica,
mas é o Espírito que dá brilho aos olhos.
Também podemos ler nas páginas
experientes da vida, muitos textos de sabedoria. Depende do que estamos
buscando na estante.
Podemos ver em cada homem-livro um
texto-Espírito impresso nas linhas do corpo.
Deus, o editor de todos os livros,
coloca a Sua assinatura nas páginas do coração, mas só quem lê o interior
descobre isso.
Só quem vence a ilusão da capa, que
pode ser de várias cores e tamanhos, mergulha nas páginas da vida íntima de
alguém e descobre o seu real valor humano e espiritual.
* * *
Sejamos todos bons leitores e
escritores conscientes.
Que nas páginas de nossos corações,
possamos escrever uma história de amor profundo.
Que em nossos Espíritos possamos
gravar uma história de amor imortal.
E que, na qualidade de homens-livros,
possamos nos tornar leitura interessante e criativa nas várias estantes da
Livraria-Universo, pois somos homens-livros sempre.
A capa, nosso corpo físico, amassa e
as folhas podem rasgar. Mas ninguém amassa ou rasga as ideias e os sentimentos
de uma consciência imortal.
O que não foi bem escrito em uma
vida, poderá ser bem escrito mais à frente, em uma próxima existência ou além.
Mas, com toda certeza, será publicado
pela editora da vida, na estante terrestre ou em qualquer outra estante do
Universo.
Pensemos nisso!
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