Por: Bezerra de Menezes
No momento quando nossa mente silencie das torpezas, a partir do instante em que procuremos a quietude com Deus e, estabeleçamos um vínculo de amor com a divindade, nossa vida será um ato de oração. Então, os tormentos de fora não nos perturbarão. O vozerio, os clamores das perturbações em volta não lograrão atingir-nos.
Chegamos a um momento de desaires e de angústias por imprevidência, nada obstante saibamos das recomendações do Mestre, ainda preferimos o tumulto. Há necessidade imperiosa, meus filhos, de nos aquietarmos para que o Senhor possa falar no ádito dos nossos corações aquilo que nos pode servir de diretriz para segurança pessoal. Torna-se-nos indispensável a perfeita identificação com o Pai através da oração.
Alguém se tornou adversário infeliz da nossa existência? Oremos por ele porque perdeu a direção de si mesmo.
A calúnia foi atirada à nossa frente para embaraçar os nossos pés? Oremos suplicando ao Senhor da Vida que ilumine o caluniador e dê-nos resistência para superar a circunstância desagradável.
A traição cavou um abismo e nos empurra com o sorriso dos indiferentes? Oremos ainda aí em favor do companheiro equivocado suplicando forças para não tombarmos na sua cilada.
Orar é abrir a alma para Deus esvaziando-a das paixões, dos limites e das fixações negativas para que Deus preencha esse espaço com plenitude. Fostes honrados com a dádiva do conhecimento espírita; dialogais com aqueles que vos precederam na viagem de volta à grande família; sabeis que não cai uma folha da árvore, ou um fio de cabelo das vossas cabeças que não seja pela vontade do Pai, graças às suas Leis.
Tende coragem! O infortúnio é um acidente de percurso em vossa viagem de evolução. O sofrimento é uma experiência para avaliação das conquistas espirituais de que sois portadores. A carência afetiva, a solidão, constitui um resgate imperioso do mau uso da afetividade que
foi conspurcada.
Em qualquer situação tendes a claridade da lei de Causa e Efeito para entenderdes, mas dispondes da oração para em comunhão com Deus, superardes os impedimentos nas dificuldades. Não vos desespereis. Nunca estareis sós. Podereis isolar-vos, mas o Pai não vos deixará sem a Sua presença. Podereis fugir do suave convívio, mas Ele através das imarcescíveis leis espera-vos um pouco adiante.
Enxugai então o suor do desespero, as lágrimas da aflição e buscai a resignação da confiança, orando porque através da oração atingireis a meta que buscais - a paz interior que d'Ele dimana.
São momentos cruciais, mesmo os escolhidos correm perigo nesse momento de grande seleção. Tendes tento e porfiai até o fim. Não vos considereis exitosos antes de encerrada a experiência carnal. Muitas vezes, uma viagem não se conclui porque na etapa final há um abismo sem ponte. Esperai por Deus, pela glorificação depois da mortificação.
Que o Senhor nos abençoe, e que Sua paz siga conosco e os leve aos vossos lares em clima de harmonia.
São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
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(Mensagem psicofônica transmitida pelo médium Divaldo P. Franco ao término da Conferência pública realizada no Grupo Espírita André Luiz no Rio de Janeiro, na noite de 12 de agosto de 2004).
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