Por: Gerson
Simões Monteiro
Há muita lógica quando se diz que, se o inferno
existisse, jamais teria sido criado por Deus. Isto porque, se Jesus, Seu
representante na Terra, recomenda-nos no seu Evangelho amar os nossos inimigos,
convenhamos que seja incoerente admitir-se que o próprio Pai Celestial pudesse
colocar Seus filhos nas chamas do inferno. Ora, se eu, que sou um Espírito
muito atrasado, não teria coragem de fazer isso com um filho, por mais errado
que ele fosse, como Deus cometeria tal monstruosidade, sem dar-lhe chances para
se reabilitar?
Da mesma forma que nós, pais humanos, damos novas
chances aos filhos que erram para se corrigirem, Deus também sempre nos concede
novas oportunidades através das reencarnações sucessivas, para alcançarmos a
perfeição espiritual. Uma nova chance, por exemplo, foi concedida aos nazistas
que, entre 1939 e 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, invadiram moradias de
judeus residentes na Alemanha, matando impiedosamente centenas deles e, ainda,
saqueando seus bens para o financiamento da guerra.
Diante disso, os Espíritos desses nazistas, ao
reencarnarem na própria Alemanha, vítimas da Talidomida, plasmaram em seus
corpos, em razão do remorso, as deformidades provocadas nos indefesos judeus,
conforme revelação do Espírito Humberto de Campos, no livro “Contos Desta e
Doutra Vida”, psicografado por Chico Xavier. É claro que eles, livres da
consciência culpada pelo sofrimento, continuarão reencarnando para evoluírem,
até um dia se tornarem Espíritos perfeitos, tal como é Jesus, segundo os
ensinos do Espiritismo.
Em verdade, tanto o chamado “céu” quanto o
denominado “inferno” são estados de alma, e não regiões localizadas no espaço.
Madre Tereza de Calcutá, por exemplo, construiu o céu dentro de sua consciência
pela caridade que praticava, e o levou daqui para a vida espiritual, ao
contrário daqueles nazistas que, pelo remorso dos crimes praticados, criaram o
“inferno” em seus Espíritos culpados.
.
Um comentário:
Muito belo o texto
Postar um comentário