Por: Waldenir Aparecido Cuin
“Vai, e não peques mais.” (Jesus – João, 8:11.)
Quando Jesus recebeu a mulher que havia sido
flagrada em erro, trazida pela multidão enfurecida, inicialmente solicitou que
manifestassem aqueles que nunca tivessem cometido qualquer falta, não tendo
percebido qualquer movimento entre os acusadores, acolheu a criatura agredida,
sentenciando: “se ninguém te condenou, eu também não o faço, vai e não peques
mais”.
Naquele exato momento, o Cristo transmitiu à
humanidade um dos mais belos e notáveis ensinamentos: que não devemos julgar
ninguém e que é preciso não reincidir nos erros cometidos.
Diante da atual situação evolutiva em que nos
encontramos, ainda distanciados da verdadeira compreensão dos reais valores da
vida, é natural que cometamos erros, que atuemos pelos caminhos da existência
entre acertos e equívocos, mas, uma vez descobrindo que agimos de forma
indevida, preciso será que a partir desse instante não venhamos a cometer os
mesmos erros. A palavra evangélica apresenta essa proposta de maneira a nos
incentivar a conhecer e fazer o que é correto.
É claro que não podemos pretender que na Terra
vivamos totalmente dentro dos procedimentos desejados, pois que estamos em
programa de aprendizado e experiências, no entanto, em circunstância alguma
vamos receber o aval para continuarmos cometendo os mesmos enganos por muito
tempo. Precisamos extrair de cada erro a lição que ele nos proporciona e seguir
evitando praticá-lo novamente, para que não percamos tempo e oportunidades,
retardando nosso avanço moral.
O zelo em observar o nosso próprio comportamento é
medida urgente e sumamente necessária, pois que a nossa evolução espiritual não
é tarefa alheia, mas estritamente de cada um.
Sócrates há muito tempo afirmou: “conhece-te a ti
mesmo”. Sem dúvida não será possível coadunar o nosso comportamento e ações com
os padrões evangélicos se não nos conhecermos intimamente. Assim, melhor será
que façamos uma viagem pelo nosso interior, buscando o conhecimento íntimo,
detectando os pontos vulneráveis.
Não deverá ser motivo de desesperação se, mesmo
pretendendo não errar, ainda venhamos a cometer alguns enganos. Certamente eles
serão menos que em outras épocas, quando a nossa vida seguia sem preocupações.
Obviamente não conseguiremos uma transformação
imediata, mas não podemos adiar infinitamente o desejo de “matar o homem velho
que mora dentro de nós para fazer nascer o homem novo”, conforme nos recomendou
Paulo de Tarso.
E domar as más tendências, frear impulsos
inferiores, conter sentimentos desequilibrados não é tarefa fácil, mas muito
necessária e importante para obtermos o padrão ideal de vida na Terra e fora
dela, pois que somos imortais e temos “muitas moradas na casa do Pai”.
O erro existe, logicamente será difícil acabar com
ele, mas isso não deve ser motivo para acomodação e inércia. Antes, aprendamos
com Jesus, vivendo sem condenações e julgamentos, mas evitemos, dentro do
esforço máximo, prosseguir entre enganos e equívocos; isso, naturalmente, para
o nosso próprio bem.
Sim, errar é humano, mas, prosseguir errando, não
será atitude das mais acertadas.
Pensemos nisso.
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