Dentre as maravilhas ensinadas por Jesus de Nazaré,
o homem que dividiu a nossa História, está a caridade.
Um costume muito comum aos fariseus, era o de
tentar o Mestre, fazendo-Lhe perguntas que julgavam embaraçosas. Todavia, Jesus
a todas respondia com presteza e sabedoria.
Certo dia, um deles, que era doutor da lei, propôs
a seguinte questão: “Mestre, qual o grande mandamento da lei?”
Jesus lhe respondeu: “Amarás o senhor teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. Esse o
maior e o primeiro mandamento.
Eis o segundo, que é semelhante ao primeiro: amarás
o teu próximo, como a ti mesmo. E acrescentou: toda lei e os profetas se acham
contidos nesses dois mandamentos.”
Como é fácil perceber, Jesus sintetizou a Lei e
todos os ensinos dos profetas nestes dois mandamentos: Amar a Deus e ao
próximo.
Se um não for cumprido, o outro também não será, ou
seja, não se pode amar a Deus, sem amar Seus filhos, ou amar os filhos sem amar
o Pai.
Podemos compreender com isso, que Jesus falava da
caridade, pois na sequência da resposta Ele narrou a parábola do samaritano.
A parábola faz referência a três pessoas que se
depararam com um homem ferido no caminho, e ressalta que quem se compadeceu e o
socorreu foi um samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor ao
próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade.
Percebemos nos ensinos de Jesus, que a prática da
caridade é uma condição para a conquista da felicidade.
Vejamos que a caridade não é somente dar coisas,
mas doar-se ao próximo, condição que não requer recursos financeiros nem
influência social. Todos podemos fazê-la.
O apóstolo Paulo fala da caridade com as seguintes
palavras: “Ainda que eu tivesse a linguagem dos anjos; tivesse o dom da
profecia que penetrasse todos os mistérios; tivesse toda a fé possível, até ao
ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.”
E prossegue dizendo: “E, quando houvesse
distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu
corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria”.
Está bem claro nos ensinos de Paulo, que o fato de
distribuir os bens materiais não é suficiente, ou não é só nisso que consiste a
verdadeira caridade.
A caridade material é apenas uma faceta, a outra é
a caridade moral. Não basta ter fé, não precisa ser profitente desta ou daquela
religião, é preciso ter caridade como a entendia Jesus: “Benevolência para com
todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.
É, em resumo, fazer ao próximo todo o bem que
desejamos que o próximo nos faça.
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