Mera questão de justiça

Por: Orson Peter Carrara
A quarta obra da Codificação Espírita é o livro O Céu e o Inferno, que traz como subtítulo A Justiça Divina Segundo o Espiritismo. O conteúdo do livro é um exame comparado sobre a passagem da vida corporal para a vida espiritual, estudando as penas e recompensas futuras, os anjos e os demônios, seguido de numerosos exemplos sobre a situação real da alma durante e após a morte.
Dividido em duas partes, sendo a primeira sobre doutrina, com 11 capítulos, e a segunda que traz exemplos, com 8 capítulos, o livro é um desdobramento da parte quarta de O Livro dos Espíritos – Esperanças e Consolações –, com 2 capítulos e 100 perguntas, justamente para estudar a questão do que nos espera após a morte.
Estados conscienciais
Na verdade não existem céu ou inferno, como apresentado pelas tradições, identificados como locais determinados de ociosidade ou eterno sofrimento. Não! Essa idéia é totalmente incompatível com a Bondade e Grandeza de Deus, o Pai de todas as coisas, a inteligência suprema do Universo. Existem sim são estados conscienciais, de arrependimento ou de consciência tranqüila, que geram o céu ou o inferno interior.
A própria figura lendária de um demônio torna-se aos olhos da lógica e do bom senso como algo infantil e absurdo, incoerente com a sabedoria e a misericórdia de Deus.
Morte, futuro, penas e recompensas.
Os capítulos iniciais da obra trazem conteúdos extraordinários para estudo e análise dos temas destacados no presente subtítulo. O céu, o inferno, o temor da morte, o purgatório, as penas eternas, anjos e demônios e mesmo o sentido das penas conforme o ensino espírita estão nesses capítulos. Inclusive com o didático e oportuno Código penal da vida futura, que o leitor pode consultar no capítulo sete.
Exemplos marcantes
É na segunda parte do livro, todavia, que Allan Kardec relaciona depoimentos de espíritos nas mais diversas situações encontradas no plano espiritual, em virtude da conduta e comportamento que adotaram quando estavam na vida corpórea. Iniciando por abordagem sobre o momento da passagem desta para a vida original, os capítulos seguintes apresentam exemplos de Espíritos felizes, em condição mediana, sofredores, suicidas, criminosos arrependidos, endurecidos, além de expiações terrestres.
Questão de justiça
O livro faz entender que alegrias ou sofrimentos, paz ou torturas morais nada mais representam que conseqüências de nossos próprios atos. Não se constituem castigo, mas conseqüências diretas do comportamento e da conduta adotada. Mera questão de justiça, portanto. Recomendamos, com ênfase, ao leitor estudioso e interessado em conhecer mais sobre o Espiritismo.
O autor é palestrante e escritor espírita. Seus temas e agenda estão disponíveis no site www.orsonpcarrara.rg3.net
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