Obsessão simples segundo o Espiritismo



             Por: Eliseu Fortes

Essa influência ordinária a que se referia Kardec é a obsessão simples. Esse tipo de obsessão se dá quando o espírito inferior (obsessor) procura, através de sua persistência, interferir na vida dos seres encarnados (os vivos - obsediados) dando-lhes sugestões que, muitas vezes, são contrárias à sua forma de pensar.

A bem da verdade, o só fato de ser enganado, vez ou outra, por um espírito mentiroso, não significa que a pessoa esteja obsediada. A obsessão fica caracterizada com a ação persistente de um espírito, de forma que o obsediado não consegue dele se desembaraçar facilmente.

Convém ressaltar, ainda, que a obsessão simples é uma influência comum em quase todas as pessoas. Paulo, o apóstolo dos gentios, em sua epístola aos Hebreus, fazia referência a uma “tão grande nuvem de testemunhas que tão de perto nos rodeia”. E assim se dá, porque o intercâmbio entre o mundo físico e o mundo espiritual é algo natural. A humanidade (englobando vivos e mortos, encarnados e desencarnados) está em constante intercâmbio.

Em vista dessas informações, o importante é saber quando a interferência de um espírito desencarnado está gerando uma fixação, que nada mais é do que o aparecimento de uma ideia fixa que marca o início da instalação do processo obsessivo. Há que se ficar atento ao aparecimento de desconfianças excessivas, insegurança pessoal, enfermidades sem causas definidas, angústias, incertezas, perturbação interior, etc. Pode ocorrer, ainda, mudanças súbitas no temperamento habitual do obsediado, em razão das mensagens telepáticas emitidas pelo espírito obsessor.

Diante do que foi aqui informado, é correto dizer que somos todos “mais ou menos obsediados”, dependendo da nossa vibração mental, da nossa companhia espiritual, do esforço que fazemos para domar nossos pensamentos. Se uma pessoa quiser saber qual tipo de espírito a acompanha, basta se atentar para o que está pensando. Se o pensamento for mal, por evidente, a companhia espiritual não é boa. Aplica-se aqui o ditado: diga-me o que pensas e eu te direi que tipo de espírito está te acompanhando.

A proteção para se livrar da obsessão, seja ela qual for, é a reforma íntima e o apego aos bons pensamentos e às boas vibrações. Deus nos deu o livre arbítrio para escolhermos no que pensar. Se nos comprazemos em ter pensamentos ruins, evidentemente que iremos sofrer os efeitos da obsessão. Se decidirmos que vamos nos reformar interiormente, teremos a companhia dos nossos mentores espirituais que nos darão forças para sair do laço obsessivo.

Enfim, caros leitores, temos de ter inteligência para identificar a obsessão (sobretudo a simples), porque, muitas vezes, perdemos a qualidade de vida por não ficarmos alertas para essas influências que são corriqueiras. Cabe aqui a advertência do Cristo: vigiai e orai para não cairdes em tentação.



2 comentários:

Anônimo disse...

Estava precisando exatamente deste texto,Obrigada!

Anônimo disse...

Foi mt bom ter lido esse testo aprendi mt obrigado pás,lus a todos