Por: Meimei
Psicografia:
Francisco Cândido Xavier
Mãezinha querida.
Sei que hoje serás reverenciada, com todas as Mães,
em palácios festivos. Tribunas luminosas serão erguidas para elogios públicos.
Entretanto, ansiava reencontrar-te, no templo do lar, que sustentaste com
sacrifícios mudos.
Ouvi cânticos de profunda beleza, em louvor de teu
nome, e atravessei larga fila de cartazes que te recordam na rua, mas venho
rogar-te a canção de simplicidade e doçura com que me embalaste o berço.
Árvore generosa, que me abrigaste o ninho de
esperança, ensina-me como pudeste resistir às tempestades que te sacudiram os
ramos! Estrela, que me clareaste os passos primeiros, entre as sombras do
mundo, conta-me o que fizeste para brilhar sem fadiga, na longa noite do
sofrimento!...
Escutei muitos mestres e folheei muitos livros, no
entanto, nenhum deles me falou tão intensamente de Deus quanto a linguagem
silenciosa dos teus beijos de ternura e as letras divinas a transparecerem,
inexplicadas, dos calos de trabalho que te marcam as mãos.
Associando-me às homenagens com que te honram lá
fora, procuro inutilmente exprimir o amor que me inspiras e busco, em vão,
externar reconhecimento e alegria, porque as palavras me desfalecem na boca...
Quero proclamar que és a rainha, de nossa casa e tento envolver-te a cabeça
cansada com as flores de meu carinho, contudo, vejo-te a coroa de lágrimas em
forma de fios brancos e nada mais consigo dizer senão que sinto remorso,
pensando nas dores e nas aflições que te dei.
Sim, Mãezinha! Há banquetes de regozijo que te
esperam a melodia da bênção, mas desculpa se te rogo para ficares comigo no
enternecimento do coração. Traze o pão pobre e alvo que me davas na infância,
guarda-me no teu colo e repete, de novo, para que eu possa aprender: "Pai
nosso, que estás no Céu...”
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