Por: Emmanuel
Psicografia:
Francisco Cândido Xavier
"Porque vês o argueiro no olho de teu irmão,
sem notar a trave que está no teu próprio?"
(Mateus, 7:3)
(Mateus, 7:3)
Quanto mais nos adentramos no conhecimento de nós
mesmos, mais se nos impõe a obrigação de compreender e desculpar, na
sustentação do equilíbrio em nós e em torno de nós.
Daí a necessidade da convivência, em que nos
espelhamos uns aos outros, não para criticar-nos, mas para entender-nos,
através de bendita reciprocidade, nos vários cursos de tolerância, em que a
vida nos situa, no clima da evolução terrestre.
Assim é que, no educandário da existência, aquele
companheiro:
Que somente identifica o lado imperfeito dos seus
irmãos, sem observar-lhes a boa parte;
Que jamais se vê disposto a esquecer as ofensas de
que haja sido objeto;
Que apenas se lembra dos adversários com o
propósito de arrasá-los, sem reconhecer-lhes as dificuldades e os sofrimentos;
Que não analisa as razões dos outros, a fixar-se
unicamente nos direitos que julga pertencer-lhes;
Que não se enxerga passível de censura ou de
advertência, em momento algum;
Que se considera invulnerável nas opiniões que
emita ou na conduta que espose;
Que não reconhece as próprias falhas e vigia
incessantemente as faltas alheias;
Que não se dispões a pronunciar uma só frase de
consolação e esperança, em favor dos caídos na penúria moral;
Que se utiliza da verdade exclusivamente para
ameaçar ou ferir...
Será talvez de todos nós aquele que mais exija
entendimento e ternura, de vez que, desajustado na intolerância, se mostra
sempre desvalido de paz e necessitado de amor.
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