Curso de passe

O QUE É ESPÍRITO

É o elemento principal na união com o corpo.

LM – capítulo I;RE 1858 pg. 127; CI – Cap. II 2ª parte item – Sr. Sansom; CI – Cap. IV 2ª parte – François Riquier; RE 1869 – pg. 63 a 65; E – Cap. IX.

CORPO

É o templo do Espírito, onde ele realiza seus eventos existenciais

CI Cap. VII – A carne é fraca; GE – Cap. X – O homem corpóreo

ESTUDO E ENSINO DO ESPIRITISMO

Liberta a criatura, através do estudo, de pesquisas e experimentações sérias.

LM – cap. III.

GRUPOS

Organizar grupos pequenos que mantenham seriedade, solidariedade e profundo respeito.

LM – Cap. XXIX e pág. 340 e 386; Nos Domínios da Mediunidade – pg. 163

REGULARIDADE E PONTUALIDADE

Pontualidade significa responsabilidade e a regularidade facilita a sintonia com o grupo e com as metas

LM cap. XXV itens 282/286; LM XXIX item 333; Na Escola do Mestre item 31.

PRECE

O Espiritismo proclama a utilidade da prece, porque a observação permitiu constatar a sua eficácia e modo de ação. A prece pode ser um pensamento dirigido a um fim determinado. A respeito da divindade, é um ato de adoração, de humildade e de submissão. Ela é, também, uma identificação de pensamentos, um testemunho de simpatia. A prece é uma necessidade universal independente de seitas e de nacionalidades. O Espiritismo nos mostra além da ação moral, um efeito de certo modo material, resultante da transmissão fluídica. Para a prece não nos devemos ater a lugar e formas definidos, o que importa é a energia que se está emanando. O desprendimento destes fatores é necessário. Ela representa uma abertura com a essência da vida e nossa relação deve ser direta com Jesus e com Deus.

RE 1866, páginas 05 e 44

VONTADE

A vontade do médium é eficaz para imprimir ao fluido espiritual uma boa direção e uma energia maior. No homem mole e distraído à emissão é fraca; o fluido espiritual pára nele sem que o aproveite; no homem de vontade enérgica a corrente produz o efeito de uma ducha.

RE 1865 pg. 251 item 10

MEDIUNIDADE

É a capacidade que certas pessoas tem para intermediar o mundo físico e o mundo espiritual. Os espíritos agem sobre o médium e esse passa a ver, ouvir, falar, escrever, pintar etc. Pode-se dizer que a mediunidade funciona como uma válvula para expurgar doenças, imperfeições e virtudes.

LM Cap. XIV item 175;E Cap. XXIV item 12;RE 1859 pg. 294;RE 1866 pg. 351

CONCURSO DOS ESPÍRITOS

A força magnética pertence ao homem mas é aumentada pela ajuda dos Espíritos.

Os espíritos atuam sobre os fluidos espirituais não os manipulando como os homens manipulam os gases, mas por meio do pensamento e da vontade.

A ação dos Espíritos é que realmente dá eficácia curadora ao magnetismo humano.

A possibilidade de suavizar certos sofrimentos, mesmo de curar, ainda que não instantaneamente umas tantas moléstias a todos é dada. Para acalmar uma dor, basta impor as mãos, se possuir fé, fervor, vontade e confiança em Deus.

O Espírito pode agir diretamente sobre um individuo, quer para aliviar ou curar. Este fluido espiritual, também é matéria e pode ser alterado para atingir o fim proposto.

LM Cap. XIV 7:2 e Cap. XVII 220:2; LM pg 191 comentário de Herculano Pires; GE Cap. XIV item 14; E Cap. XIX e XXVII; RE 1865 pg. 252 item 6 – pg. 254 item 12 – pg. 260; RE 1866 pg. 348

MÉDIUM – passividade e interferência

O médium, como Espírito, é o interprete.

O papel do médium é sempre ativo, seja consciente ou inconsciente, intuitivo ou mecânico. Dele depende a transmissão e a pureza.

O médium é passivo quando não mistura suas próprias idéias com as do Espírito comunicante, mas nunca se anula por completo. Seu concurso é indispensável.

Com o médium intuitivo a dificuldade está em se distinguir os seus pensamentos e as suas energias, dos pensamentos e energias transmitidos pelo Espírito.

Ao médium compete, então, tornar-se um canal que favoreça a transmissão da informação que vem do mundo espiritual, seja superior ou inferior.

Apego a idéias, dificuldade de compartilhar espaços e bloqueios energéticos na comunicação pessoal pode causar interferências na intermediação entre os dois mundos.

LM Cap. XIX itens 223:7/10;LM pg. 240 – comentário de Herculano Pires

MEDIUNIDADE CURADORA

É exercida pela ação direta do médium sobre o doente com o auxilio de uma espécie de magnetização de fato ou pelo pensamento. Ela se desenvolve pelo exercício, sobretudo pela prática do bem e da caridade.

Está intimamente ligada ao Espiritismo, desde que repousa essencialmente no concurso dos Espíritos. Pode dar aos corpos o vigor da saúde e às almas a pureza de que são susceptíveis e é somente nesse caso que poderá ser chamada curativa.

A meta do médium curador será curar principalmente os males morais.

De todos os fatos que testemunham o poder de Jesus os mais numerosos são, sem dúvida, as curas. Ele queria provar que o verdadeiro poder é o que realiza o Bem, que o seu objetivo era ser útil e não satisfazer a curiosidade dos indiferentes, mediante coisas extraordinárias. Dando alivio aos sofrimentos, ele prendia as pessoas pelo coração. Desse modo fazia-se amar. E fazia com que elas aprendessem o Amor.

GE Cap. XV item 27/28; RE 1865 pg. 255 item 15; RE 1864 pg. 10; RE 1867 pg. 318; O Centro Espírita de José Herculano Pires

QUALIDADES DO MEDIUM CURADOR

O verdadeiro médium curador é aquele em que a personalidade se apaga completamente ante a ação espiritual. É extremamente raro, porque essa faculdade, elevada ao mais alto grau requer um conjunto de qualidades morais raramente encontradas na Terra. Essa faculdade é privilégio exclusivo da modéstia, do devotamento e do desinteresse.

Compreendendo a sua missão, ele é movido pelo desejo do bem e não vê no dom que possui senão um meio de se tornar útil ao semelhante e não um degrau para elevar-se espiritualmente ou para evidenciar-se pessoalmente. Confia em Deus e não se julga infalível. Nada promete.

Por sua palavra encoraja, faz nascer a esperança e a confiança em Deus.

A faculdade de curar pela imposição das mãos deriva de uma força excepcional de expansão de fluidos.

As qualidades do coração estabelecem uma empatia entre o doente e curador, facilitando para este a assimilação dos fluidos.

Os Espíritos se comunicam com homens de todas as condições, mas quando o médium é imperfeito a missão será antes de o aperfeiçoar.

RE 1863 pg. 213; RE 1866 pg. 154; Missionários da Luz pg. 321/326

TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO DOS FLUIDOS

Como uma esponja se embebe de um liquido o perispírito dos encarnados que é de natureza idêntica à dos fluidos espirituais os assimila com facilidade.

Por sua irradiação e expansão fluídica o perispírito penetra e é penetrado com facilidade.

O fluido tanto pode ser emitido pelo curador como atraído pelo desejo ardente do paciente de se curar e também por sua confiança e fé. Às vezes, é necessária a simultaneidade dos efeitos, enquanto noutras basta uma das ações, a de dar ou de receber.

O médium curador emite pouco de seu fluido. Ele sente a corrente do fluido estranho que o penetra e ao qual serve de condutor. É com este fluido, vindo dos Espíritos Superiores, que ele magnetiza.

GE Cap. XIV e Cap. XV item II.

VARIEDADE NA AÇÃO DOS MÉDIUNS CURADORES

A mediunidade de cura não é uniforme em todos que a possuem. A ação pode ser extensa ou circunscrita, mais ou menos rápida. Há médiuns que curam somente determinadas moléstias. Em alguns, a possibilidade de cura se estende até os animais.

RE 1864 pg. 9

RE 1866 pg. 348/349

AÇAO FLUIDICA E MILAGRE

A mediunidade curadora está fundada em leis naturais, tem limites traçados pelas mesmas.

A ação fluídica pode dar a sensibilidade a um órgão existente, fazer dissolver e desaparecer um obstáculo ao movimento e à percepção, mas é evidente que não pode remediar a ausência ou a destruição de um órgão, o que seria um verdadeiro milagre.

No caso de Lázaro, que estava em profundo estado letárgico Jesus, médium curador puro, com sua potente vontade reanimou os sentidos adormecidos com uma poderosa ação fluídica. Os fluídos emanados por Jesus são semelhantes aos dos Espíritos Superiores.

GE Cap. XV item 39; RE 1864 pg. 9; RE 1866 pg. 348/349

GRATUIDADE DA AÇÃO CURATIVA

A faculdade do médium curador nada lhe custou. Não lhe exigiu estudos, nem trabalho, nem despesas. Recebeu-a gratuitamente, para o bem dos outros e deve usa-la do mesmo modo.

Sugere-se que encontre no trabalho ordinário os recursos pecuniários para a sua sobrevivência.

Ao transferir tempo de seu repouso, empregando-o para ser útil ao seu semelhante, este devotamento qualifica ainda mais a sua mediunidade. Jesus e os apóstolos nada cobravam pelas curas que realizavam.

RE 1867 pg. 305

AÇÃO CURATIVA NA OBSESSÃO

De todas disposições morais, a que maior entrada oferece aos Espíritos imperfeitos é o orgulho. Para repelir esses espíritos não basta dizer-lhes que se vão e ainda menos conjurá-los. É necessário que lhes fechemos a porta e os ouvidos, provar-lhes que somos mais fortes, pelo amor ao bem. As qualidades morais atraem a benevolência dos Bons Espíritos. É o apoio destes que nos dá força.

Nos casos de obsessão grave o obsedado fica como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É desse fluido que é preciso desembaraçá-lo. Um mal fluido não pode ser repelido por outro mal fluido. É preciso a ação de um fluido melhor.

LE questão 274; LM Cap. XIV item 46; RE 1859 pg. 36

AÇÃO A DISTÃNCIA

Uma moça teve distúrbio mental, causado por grande mágoa. Sob o domínio da idéia fixa, perdeu a razão e foi internada. Consultado um Espírito Superior, informou o seguinte: “A idéia fixa atrai em sua volta Espíritos maus que a envolvem com seus fluidos e alimentam suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências. Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes lugares, constituindo-se em obstáculos à cura dos doentes. É necessária uma força moral capaz de vencer a resistência.

AÇÃO A DISTÃNCIA

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos Bons Espíritos. Que a vossa prece seja uma magnetização mental, para tanto não necessitais estar junto dela. Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica. Por tal meio podeis neutralizar o mal fluido que a envolve. Seis pessoas se dedicaram a essa obra e durante um mês não faltaram à missão. Depois de alguns dias a doente estava mais calma; quinze dias depois a melhora era manifesta e logo depois voltou para sua casa em estado de normalidade absoluta.

RE 1863 pg. 05

MÉDIUM MAGNETIZADOR E CURADOR

A diferença é que o primeiro magnetiza com o seu fluido pessoal e o segundo com o fluido dos Espíritos aos quais serve de condutor.

O fluido magnético tem duas fontes distintas: Espíritos encarnados e desencarnados. Essa diferença de origem produz uma grande diferença na qualidade do fluido e nos seus efeitos.

O fluido humano será sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais e o dos Bons Espíritos é mais puro e tem propriedades mais ativas que podem curar mais rápido.

MÉDIUM MAGNETIZADOR E CURADOR

As qualidades morais do magnetizador aliados a saúde do corpo dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das qualidades do fluido espiritual.

Todo magnetizador pode se fazer assistir pelos Bons Espíritos e, nesse caso, os Espíritos derramam sobre ele seu próprio fluido, aumentando a ação do fluido puramente humano.

RE 1865

A MEDIUNIDADE CURADORA E A SAÚDE

As energias desgastadas são recompostas pelo Plano Espiritual. Mas, deve-se sempre considerar que o exercício muito prolongado de qualquer faculdade produz fadiga e o mesmo acontece com a mediunidade, principalmente com a de efeitos físicos. Esta ocasiona um dispêndio de fluídos que leva o médium à fadiga. A reparação se dá pelo repouso. Há casos em que é prudente e mesmo necessário abster-se ou pelo menos moderar o uso da mediunidade. Isso depende do estado físico e moral do médium, que geralmente o percebe.

Muitas vezes, pela especificação mediúnica, o médium pode somatizar os sintomas, então deve ser feito um estudo com o mesmo, a fim de verificar se é um quadro de desequilíbrio ou inexperiência. Se for constatada a especificação mediúnica, o médium deverá ser excluído do grupo de trabalho que esteja desgastando-o, porque neste caso a sua saúde poderá ser prejudicada.

LM Cap. XVIII item 221:2 e 3

MEDICINA E MEDIUNIDADE

Ela não vem destronar a Medicina de seu sagrado lugar, nem tampouco interfere nas ações dos médicos. Ao contrário, ela poderá, quando entendida e aceita, compartilhar e apoiar médicos e os hospitais na assistência aos doentes, resgatando a confiabilidade na relação paciente/médico.

MEDIUNS RECEITISTAS E MEDICINAIS

Há uma diferença radical entre os médiuns curadores e os que obtém prescrições médicas da parte dos Espíritos. Estes em nada diferem dos médiuns escreventes ordinários, a não ser pela especialidade das comunicações.

Os médiuns medicinais possuem especialidade de servirem mais facilmente aos Espíritos que fazem prescrições médicas. Nada mais fazem do que transmitir o pensamento do Espírito.

LM Cap. XVI item 193

RE 1866 pg. 348 parágrafo 2º

A LEI E OS MEDIUNS CURADORES

Ela escapa completamente da lei, porque não representa um exercício ilegal da medicina, já que o médium não prescreve nenhum tratamento nem medicamento.

RE 1866 pg. 351

RE 1867 pg. 203

CORRENTE

A corrente é um meio material que não produz a união entre vós se ela não existir nos pensamentos

LM item 282:15

TEMPO DE APLICAÇÃO DO PASSE

É raro o caso do médium que não sinta quando o Espírito partiu, terminou, ou simplesmente se houve apenas uma parada

LM Cap. XVII item 293 2º parágrafo

ALIMENTAÇÃO

Não há restrição, pois a natureza orgânica humana necessita de carne, contudo, é claro que o ideal é se abster de come-la, bem como qualquer outra alimentação pesada, mas a privação deve ser tranqüila, consciente. A mente é tudo.

Pode-se ser bom cristão e bom espírita e comer a seu gosto, desde que seja responsável. A abstenção de alimentos animais é meritória desde que essa privação seja em favor dos outros ou de motivos conscientes e saudáveis para si próprio.

LE questões 723/724; RE 1863 pg. 387/388

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