A caridade da justiça social

Por: Carmem Paiva de Barros

A revolução industrial trouxe uma nova perspectiva de conforto e comodidade para a humanidade, mas o mundo ainda reclama a aplicação urgente de uma política social igualitária, fraterna e solidária que possa trazer bem-estar e tranqüilidade às comunidades que vivem abaixo da linha de pobreza de cada continente.

Há mais de dois mil anos da passagem de Jesus pelo mundo dos homens, pouco ou quase nada se fez para a devida reparação do direito de Justiça Social em favor dos fracos e oprimidos.

Estudando as questões 806 e 807 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, constatamos que a desigualdade das condições sociais em nosso mundo é fruto do orgulho e do egoísmo ainda incrustados na alma humana.

Segundo os espíritos de reconhecida sabedoria e moral, que trataram do assunto com Allan Kardec no século XIX, os homens que abusam da superioridade de sua posição social para oprimir os mais fracos, renascerão numa existência onde sofrerão as contingências do mesmo mal que impuseram aos outros.

O assunto mostra-se bastante grave e delicado do ponto de vista moral, em face da implicação dos infratores no processo de expiação e reparação que devem submeter-se por determinação irrevogável da Justiça Divina.

Cuidemos, portanto, para que a “nossa justiça social”, quando direcionada em benefício dos mais necessitados, não seja motivo de constrangimento ou vergonha.

Sejamos duros e intransigentes com o orgulho e com o egoísmo que estão sempre deturpando nossos melhores sentimentos, malbaratando-os com os malefícios da discriminação e do preconceito.

Lembremo-nos sempre da irretocável mensagem do sublime Amigo da Humanidade: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Só através dos seus ensinamentos morais e praticando as suas lições imorredouras, conseguiremos instalar em nosso mundo o verdadeiro espírito de Justiça Social sob a benção da veneranda Caridade.

A Prática da Caridade é a manifestação singular de Deus entre os homens de boa vontade.

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