Sonhos

Por Valter Viana

No capítulo VIII, 2ª parte de “O Livro dos Espíritos” Kardec estuda a emancipação da alma e de início os benfeitores explicam que “o Espírito encarnado aspira constantemente à sua libertação”. Sabemos que através da emancipação da alma nós nos desprendemos do corpo físico e entramos em relação mais direta com o mundo dos espíritos, pois ao desprender-nos dos laços materiais, o espíritos recupera parte de suas faculdades e entra mais facilmente com outros espíritos desencarnados e encarnados.

Kardec nos ensina que “O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. Notai, porém, que nem sempre sonhais. Que quer isso dizer? Que nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de tudo o que haveis visto, enquanto dormíeis. É que não tendes então a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes, apenas vos fica a lembrança da perturbação que o vosso Espírito experimenta à sua partida ou no seu regresso, acrescida da que resulta do que fizestes ou do que vos preocupa quando despertos. A não ser assim, como explicaríeis os sonhos absurdos, que tanto os sábios, quanto as mais humildes e simples criaturas têm? Acontece também que os maus Espíritos se aproveitam dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes”.

Sabemos que o espírito jamais está inativo e durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos, pois ao repousar o corpo não necessita da presença do espírito para comunicar-lhe atividades físicas ou mentais, então este se liberta, afasta-se do corpo, reintegra-se em suas faculdades perceptivas e ativas, passando a agir a distância do instrumento físico.

Na questão 403 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec indaga: Por que não nos lembramos sempre dos sonhos? E os benfeitores espirituais responderam “Em o que chamas sono, só há repouso do corpo, visto que o Espírito está sempre em atividade. Recobra, durante o sono, um pouco de sua liberdade e se corresponde com os que lhe são caros, quer deste mundo quer em outros. Mas, como é pesada e grosseira a matéria que compõe o corpo, dificilmente este conserva as impressões que o Espírito receber, porque a este não chegaram por intermédio dos órgãos corporais."

Allan Kardec nos chama atenção para a diferença entre sonho comum e sonho com desdobramento da alma. Ele diz: “O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. Notai, porém, que nem sempre sonhais. Que quer isso dizer? Que nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de tudo o que haveis visto, enquanto dormíeis. É que não tendes então a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes, apenas vos fica a lembrança da perturbação que o vosso Espírito experimenta à sua partida ou no seu regresso, acrescida da que resulta do que fizestes ou do que vos preocupa quando despertos. A não ser assim, como explicaríeis os sonhos absurdos, que tanto os sábios, quanto as mais humildes e simples criaturas têm? Acontece também que os maus Espíritos se aproveitam dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.”

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