A revelação Espírita

Por Valter Viana
“O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos e, por isso, relegados para o domino do fantástico e do maravilhoso” (Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap 1).
No Capítulo 1 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Kardec nos ensina que a primeira revelação teve a sua per­sonificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não a tem em indivíduo algum; as duas primeiras foram individuais, a terceira cole­tiva, ou seja, ninguém teve a prerrogativa de se intitular o fundador ou o revelador da Doutrina Espírita, uma vez que ela surgiu simultaneamente pelo orbe através de pessoas com características, quer moral e/ou intelectual, as mais variadas possíveis. Sabemos que em razão do Espiritismo não ter nacionalidade e que não fazer parte de nenhuma classe social ele se impõe, visto que qualquer pessoa pode relacionar-se com os espíritos.
Como já dissemos, as duas primeiras revelações (Moises – Jesus) foram obra do ensino pessoal e surgiram em um ponto, tendo a idéia se difundido aos poucos. A Doutrina Espírita, diferente das duas anteriormente citadas, surgiu em diversos pontos e não tem ninguém como mentor, tendo, por isto um caráter diferenciado, pois se a Doutrina Espírita fosse de concepção puramente humana, não ofereceria por penhor senão as luzes daquele que a houvesse concebido.
A Doutrina Espírita tem origem tanto espiritual como humana, pois a Codificação foi ditada pelos Espíritos encarregados pela sua estruturação (origem espiritual) e no primeiro momento teve a influência de Kardec e posteriormente continuou a ser ampliado pela imensa gama de trabalhadores da seara (origem humana).
O Espiritismo tem como outra característica a progressão das idéias, pois ao caminhar de par com o progresso, jamais será ultra­passado, porque se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará (A Gênese – Cap I, item 55).

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